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segunda-feira, 9 de junho de 2008

INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

FAMÍLIA REAL NO BRASIL

Com o objetivo de destruir economicamente a Inglaterra, Napoleão Bonaparte decretou em 1806, o Bloqueio Continental, pelo qual os países do continente europeu deveriam fechar seus portos aos navios ingleses. O príncipe D. João pretendia manter-se neutro no confronto entre os ingleses e franceses. Napoleão não aceitou a indefinição do príncipe e decidiu invadir o reino português com o auxílio das tropas espanholas.
Sem condições para reagir, D. João e a Corte portuguesa fugiram para o Brasil escoltados pela esquadra naval inglesa, chegaram à Bahia em 22 de janeiro de 1808.
Logo que chegou ao Brasil D. João decretou a abertura dos portos brasileiros as nações amigas, pondo fim no Pacto Colonial. Com isso, os comerciantes brasileiros ganhavam maior liberdade de comércio. Além da abertura dos portos, outra medida importante foi o Tratado de Comércio e Navegação de 1810 que beneficiou a Inglaterra estabelecendo 15% da tarifa alfandegária para produtos ingleses, 24% para os demais países e 16% para artigos portugueses.

O GOVERNO DE D.JOÃO

Após um mês da chegada à Bahia, a corte portuguesa transladou-se para o Rio de Janeiro. Dentre as principais medidas adotadas por D. João estavam:
• Criação do Banco do Brasil;
• Autorizou a instalação de fábricas no Brasil;
• As primeiras instituições de ensino superior;
• Jardim Botânico;
• Jornal a Gazeta do Rio de Janeiro;
• Academia de Belas-Artes.

Em 1815, o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves (sul de Portugal). Com essa medida, o Brasil deixou oficialmente de ser colônia de Portugal.

REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817

Os comerciantes pernambucanos estavam revoltados com os altos impostos cobrados pela corte portuguesa. Além da grande seca de 1816 gerou fome no nordeste e os preços do açúcar e do algodão estavam despencando no mercado internacional. Esses acontecimentos marcaram uma reação do povo pernambucano contra o governo de D., João VI, conhecida como Revolução Pernambucana. O objetivo seria a consolidação de uma república inspirada nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade da Revolução francesa.
Os rebeldes chegaram a tomar o poder e estabeleceram um governo provisório. D. João decidiu combater violentamente os revoltosos. Os líderes do movimento como Teotônio Jorge, padre Pedro de Sousa Tenório, Antonio Henriques e José de Barros Lima foram condenados à morte.

RETORNO DA CORTE A PORTUGAL
Em agosto de 1820, comerciantes da cidade portuguesa do Porto lideraram um movimento conhecido como Revolução Liberal do Porto. Os revoltosos conquistaram o poder em Portugal e decidiram elaborar uma constituição, limitando os poderes de D. João VI. Além disso, os portugueses queriam a recolonização do Brasil. O rei português pretendia ficar no Brasil, porém sobre pressão dos portugueses decidiu voltar para a “terrinha” em 26 de abril de 1821.

REGÊNCIA DE D. PEDRO
O rei português decidiu deixar o seu filho Pedro governando o Brasil. Com o príncipe regente no Brasil a unidade da monarquia estaria salva, porém membros das Cortes de Lisboa pretendiam transformar o Brasil novamente em colônia de Portugal e também passaram a exigir a volta do príncipe regente a Portugal.
Nesse contexto, comerciantes e grandes fazendeiros sentindo-se ameaçados, organizaram o Partido Brasileiro com o objetivo de impedir que o príncipe aceitasse as pressões portuguesas. O Partido Brasileiro elaborou um documento reunindo cerca de 8 mil assinaturas, pedindo que D. Pedro não retornasse para a Portugal.
Ao tomar conhecimento desse documento, no dia 9 de janeiro de 1822, D. Pedro declarou: “Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto: diga ao povo que fico. Esse episódio ficou conhecido como o Dia do Fico. Além de permanecer no Brasil, o príncipe decretou que todas as ordens vindas de Lisboa deveriam passar pela sua aprovação.

PROCLAMAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA
No dia 7 de setembro de 1822, foi proclamada a independência do Brasil, na cidade de São Paulo. Ao retornar para o Rio de Janeiro, o príncipe foi coroado como imperador com o título de D.Pedro I, em 1º de dezembro de 1822.
A independência do Brasil foi um processo liderado pelas elites brasileiras: os grandes proprietários de terra e os grandes comerciantes. A situação da maioria da população não mudou. A escravidão permaneceu e os pobre e miseráveis continuaram na mesma situação.



1 - UFMS-VERÃO-2006 - A década de 1990 foi considerada muito profícua para o cinema brasileiro. Alguns dos filmes nela produzidos alcançaram grande sucesso em razão da qualidade estética, do enredo e da opção por temas de fácil compreensão pelo grande público. Em 1995, o longa-metragem Carlota Joaquina; princesa do Brasil, dirigido por Carla Camurati e estrelado por reconhecidos atores brasileiros como Marco Nanini, Marieta Severo e Ney Latorraca, entre outros, foi considerado uma .comédia histórica. de bom nível, embora tenha provocado muitos debates sobre a opção narrativa adotada. O filme ora referido tem como pano de fundo o seguinte episódio da história brasileira:

(A) a chegada da esquadra portuguesa à costa brasileira, em 1500.
(B) a chegada da família real portuguesa e da corte ao Brasil, em 1808, além de aspectos do cotidiano da realeza.
(C) a presença do Imperador Pedro I na Bahia e suas dificuldades na implantação do Império.
(D) a partida de D. João IV, em direção a Portugal, em obediência a determinações das Cortes Portuguesas.
(E) a invasão dos territórios brasileiros, durante as guerras napoleônicas, pelo general Junot.

2 - UFMS - INVERNO 2007 - Os versos abaixo, extraídos do livro História do Brasil na Poesia do Povo, de Pedro Calmon, indiciam, ainda que de forma nuançada, o sentimento popular em relação a um acontecimento apontado por muitos historiadores como um divisor de águas na história do império brasileiro. Sobre esse acontecimento e o contexto político em que os versos estão inseridos, assinale a(s) proposição(ões) correta(s).
I
Queremos D. Pedro II
Embora não tenha idade,
A nação dispensa a lei
E viva a Maioridade.
II
Por subir Pedrinho ao Trono,
Não fique o povo contente;
Não há de ser boa coisa
Servindo com a mesma gente.
III
Quem põe governança
Na mão de criança,
Põe geringonça
No papo da onça

(001) Os versos se inserem no contexto político da abdicação de D. Pedro I, em 1831, que transferiria automaticamente o trono a seu filho Pedro II, sendo necessária, para tanto, a antecipação de sua maioridade.

(002) Os versos se inserem no contexto político da campanha, visando à antecipação da ascensão de D. Pedro II ao trono, materializada em 1840 com o que viria a ser denominado Golpe da Maioridade.

(004) Os versos estão inseridos no contexto político da chamada Questão Militar e dizem respeito às aspirações dos oficiais de alta patente que, retornando da Guerra do Paraguai, pleiteavam a antecipação da maioridade de D. Pedro II como única via capaz de garantir a ampliação de efetivos e de verbas ao Exército.

(008) O contexto político em que os versos estão inseridos caracterizou-se pela aspiração generalizada das aristocracias agrárias imperiais de restabelecer, através da revigoração dos dispositivos da Constituição de 1824 e da antecipação da maioridade de D. Pedro II, a soberania imperial, a fim de pôr fim ao perigo das revoltas regionais ocorridas durante o período regencial, as quais levaram a uma crise de autoridade que ameaçava solapar suas próprias bases de poder.

(016) Os versos se inserem no contexto político do retorno de D. João VI a Portugal, em 1820, transferindo automaticamente o trono do Reino Unido a seu filho, o príncipe regente Pedro I, sendo necessária, para tanto, a antecipação de sua maioridade.

GABARITO

1- B - Sem condições para reagir as pressões das tropas napoleônicas, D. João e a Corte portuguesa fugiram para o Brasil escoltados pela esquadra naval inglesa, chegaram à Bahia em 22 de janeiro de 1808. O filme é excelente e demonstra cenas interessantes da família real como por exemplo, um rei comilão e desinteressado pelos assuntos políticos, a rainha fogosa Carlota Joaquina e o príncipe namorador D.Pedro.

2 - 002+008 = 10

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