Seguidores

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Revolução Cubana


Em fevereiro de 2008 o líder revolucionário cubano, Fidel Castro, deixou o cargo de governante da ilha após 49 anos no poder. Raul Castro, assumiu o cargo de chefe de estado no lugar do irmão. Cuba foi colônia espanhola por 400 anos, foi o último país latino-americano a conseguir a independência, isso foi possível graças à intervenção bélica dos Estados Unidos. Somente em 1902 os EUA concederam a “independência” à ilha, mas com uma condição. O governo norte americano impôs a Emenda Platt, na constituição cubana, que dava aos Estados Unidos o direito de intervir militarmente na ilha. Com base nela, criaram uma base militar em Guantánamo, no oeste de Cuba, que mantêm até hoje.
Em 1933 Fulgêncio Batista assumiu o governo da ilha. Cuba era um dos países mais prósperos da América Latina, no entanto a desigualdade social, o analfabetismo e a miséria impediam que os benefícios se estendessem a todos. Em 1953, um pequeno grupo de guerrilheiros, liderados pelo jovem advogado Fidel Castro, atacou o Quartel de La Moncada, em Santiago de Cuba. O ataque foi um fracasso e Fidel foi preso. Dois anos de prisão e Fidel exilou-se no México, onde já estava o seu irmão Raul. Foi no México que Fidel conheceu o argentino Ernesto “Che” Guevara. Em 1955 os revolucionários se organizam para retornar a Cuba, com o nome de Movimento 26 de Julho. O grupo com 82 homens, saiu do México a bordo do navio Granma, ao chegarem à ilha alguns guerrilheiros morreram em confronto com o Exército, os demais se refugiaram em Sierra Maestra.
Em 01 de janeiro de 1959, os guerrilheiros tomaram Havana, e Fulgêncio Batista fugiu. Os líderes da Revolução eram Fidel Castro e Che Guevara. Nos primeiros tempos da Revolução, o Movimento 26 de Julho não era comunista. O novo regime acabou realizando a reforma agrária, nacionalizou empresas, principalmente americanas. Muitos cubanos deixaram o país rumo a Miami, nos EUA e passaram a fazer oposição externa ao governo de Castro. Em 1961, EUA e Cuba romperam as relações diplomáticas e os EUA tentou invadir militarmente a ilha. A ação foi um fracasso e o episódio ficou conhecido como “desembarque na baía dos Porcos”. O governo cubano se alinhou com a URSS. Em 1962, Cuba foi expulsa da OEA (Organização dos Estados Americanos), para piorar a relação entre Cuba e os EUA, o governo norte-americano descobriram que os soviéticos estavam enviando mísseis atômicos para a ilha. O episódio ficou conhecido como crise dos mísseis, considerado o momento mais crítico da guerra fria, encerrado com a retirada dos mísseis soviéticos em Cuba.
Até o os anos 1980, Cuba esteve vinculada às relações com a União Soviética. O padrão de vida da população progrediu, com educação e saúde. Em 1991, com o fim da URSS, Cuba mergulhou numa profunda crise econômica. Hoje, Cuba possui estreitos laços com o governo venezuelano de Hugo Chavez. A Venezuela fornece parte do petróleo para a ilha em troca do apoio na educação e saúde.
Os resultados da revolução: erradicação do analfabetismo, acesso à moradia, sistema de saúde que é referência internacional. Por outro lado, instalou-se uma ditadura castrista que nega ao povo cubano certas liberdades, como liberdade política, imprensa e greves.

EXERCÍCIOS

(UFU-MG) Com relação à história de Cuba, no século XX, assinale a alternativa verdadeira.
a) A ditadura estabelecida sob a presidência de Fulgêncio Batista (1951-1959) caracterizou-se pela violência e pela repressão.
b) Fidel Castro era membro do Partido Comunista Cubano e, como os demais membros do partido, defendia a implantação da "ditadura do proletariado" na ilha, para combater o governo de Batista.
c) Desde 1952, muitas das organizações das camadas subalternas da população, como sindicatos, tiveram autonomia para eleger seus próprios dirigentes, sem interferência do poder estatal.
d) Cuba foi o único país latino-americano que não teve presidentes da República que pudessem ser identificados com os interesses do imperialismo e dos Estados Unidos da América.e) As reformas de 1960 prepararam o caminho para a implantação de uma democracia liberal fundada na livre-concorrência e no pluripartidarismo.

(CESCEM-SP) - “A coexistência pacífica” entre os Estados Unidos e a União soviética sofreu sérios revés em 1962, em virtude:

a) da interferência da China comunista na pacificação do Vietnã.
b) do rompimento das negociações de Pan Mujon para a unificação da Coréia;
c) do fracasso da reunião entre Eisenhower e Stalin, em Genebra.
d) da intervenção da Rússia no processo de descolonização da África.
e) da instalação de foguetes em Cuba, por decisão de Kruschev.

(FGV)
I. Fulgêncio Batista, apesar de sair do Governo em 1959, permanece em Cuba até a tentativa de invasão norte-americana, através da baía dos Porcos, em janeiro de 1966.
II. O processo insurrecional que culminou com a vitória de Fidel Castro e seus companheiros, no final dos anos 50, tem início em julho de 1953, com a tentativa de assalto ao quartel Moncada.
III. Em janeiro de 1962, a Conferência da Organização dos Estados Americanos (OEA) decide o bloqueio econômico e político a Cuba, por proposta dos Estados Unidos da América.
IV. Cuba e Porto Rico, a exemplo da maioria dos países latino-americanos, conseguiram suas independências no final do século passado através de lutas sangrentas comandadas por líderes oriundos das classes populares.

Acerca da história política cubana é correto APENAS o afirmado em

a) I e II b) I e III c) I e IV d) II e III e) II e V.

(PUC-RS/2004) A chamada “Crise dos Mísseis”, de 1962, que levou as relações Washington – Moscou a um ponto crítico no contexto da Guerra Fria, foi resultante:

a) da aproximação entre o governo de Fidel Castro e a URSS.
b) do escândalo político internacional conhecido como Watergate.
c) do fim da política continental norte-americana da “Aliança Para o Progresso”.
d) da afirmação do stalinismo na política interna da URSS.

Nenhum comentário: